Cheguei ao quadro e peguei no giz
Do nosso amor fiz uma equação.
Andei depois às voltas com o X,
Do teu desconhecido coração.

Desejava somente conhecer
O valor da incógnita querida,
P'ra que então pudesse resolver
O problema maior da minha vida.

Da fórmula geral do nosso afecto,
Comecei a fazer deduções...
E - podes crer - meu fito predilecto,
Era igualar as nossas afeições.

Queria reduzir à unidade
As nossas almas, porque os meus intentos,
Eram apenas pôr em igualdade
As expressões dos nossos sentimentos.

Mas, ao chegar às deduções finais,
Eu pude ver então, nesse com menos
Que o meu afecto tinha o sinal +
E o teu, formosa ingrata, o sinal - .
 

Júlio Dias Nogueira (1939)

Matemática está em toda a parte, até na poesia.

Lê o seguinte poema, que se intitula por: "A Matemática é vida"

Actividade

Escreve também um poema dedicado à Matemática e coloca-o nos comentários. Os melhores poderão ser publicados no NETJornal da Escola e na Exposição da Semana das Ciências.

Fico à espera... Boa Inspiração matemática!